domingo, 11 de outubro de 2009

UM DOMINGO NO CABO DA ROCA

«Aqui (…) onde a terra se acaba e o mar começa…»: é assim que o eloquente e incomparável mestre da palavra portuguesa Luís de Camões vê o Cabo da Roca, por muitos conhecido como o ponto mais ocidental da Europa. Este local, mágico por natureza (e por causa da natureza), eleva-se a 140 metros de altitude, de onde é possível contemplar a força ímpar e esmagadora do Atlântico, que, coisa rara e singular, ruge, furioso, e, decidido, se atira contra os rochedos, causticando, uma e outra vez, desde tempos imemoriais, os rochedos e fragas.Localizado no distrito de Lisboa, concelho de Sintra e freguesia de Colares, o Cabo da Roca é mundialmente conhecido e, como tal, atrai anualmente, milhares de turistas que, maravilhados com a beleza imponente do sítio, saem com a certeza de que hão-de voltar um dia para apreciar, uma vez mais, o mar ruidoso e o vento impiedoso que, por vezes, quase impede o simples caminhar.O local é composto por um farol, mandado edificar pelo Marquês de Pombal em 1758 e o seu varandim vermelho é um marco do Cabo da Roca que, todos os anos, dali sai e vai percorrer mundo em fotografias e filmes digitais; a vegetação é rasteira e maioritariamente composta por tojo, urze, trovisco, madressilva e abrunheira, espécies que conseguem resistir exemplarmente às fortíssimas cargas de humidade, vento e chuva que se fazem sentir, principalmente durante os meses invernosos. O cravo-romano é a única espécie endémica da região e, como tal, alvo de protecção e estudo por parte da comunidade científica. Saliente-se, ainda que, em tempos passados (até aos anos setenta), a terra foi arroteada mesmo até ao penhasco e utilizada para cultivar cereais, hortícolas e forragens para gado.Situado numa zona de fáceis acessos, o Cabo da Roca é, por excelência, um dos melhores destinos de fim-de-semana ultimamente sempre dedicados aos passeios em shoppings e afins. De facto, esquecer uma semana de intenso trabalho nos braços da natureza agreste e bravia do Cabo da Roca é a melhor opção que pode tomar. Siga pela A5 até Cascais, tome a estrada do Guincho e corte à esquerda para o Cabo da Roca. Tão simples quanto isto!

Ao Domingo de manhã o Cabo da Roca pertence aos motards, e neste Domingo achei que devia lá ir ocupar o meu lugar e lá fui! Por volta do meio-dia passei pelo Guincho e ao 'atacar' a subida para a Roca ia levando com um cavalinho q vinha por ali a baixo numa velociade estonteante e de seguida uma outra quase vai para cima de um carro numa curva apertada. Afinal estava no autódromo da Roca e o mais caricato, é que estavam montes de pessoas nas curvas da descida para o guincho, para ver passar as motas.Ver passar, ou quem sabe, ver as desgraças dos outros!A classe motociclistica, inclui, esses meninos das "RRRR"s, que têm o 'avião'a brilhar na garagem, e so o usam, para ir a Gerès, à Roca ao Domingo, a Faro, e pouco mais. Dizem-se uns grandes condutores! Ultrapassam em todo o lado, seja proibido ou nao, curvas no limite. Como se isso provasse alguma coisa! senão falta de afirmação!Tentei esquecer e continuei o meu caminho debaixo de um sol esplendido dando razão a quem diz que o aquecimento global veio para ficar. Quando cheguei a imagem é um verdadeiro mar de motas inundando toda área junto ao restaurante.


O restaurante estava a abarrotar pelas costuras

começa por ser uma massa anónima

e transforma-se numa colorida e peculiar amálgama de modelos, cilindradas, máquinas e pessoas
os respectivos donos estacionam-nas numa perfeita simetria, algumas destacam-se mais que outras

é o caso da minha 'special one' TransAlp a rainha das 'allroad'
interessante ter havido alguém que pagou um servço de moto-táxi para se deslocar a este belo local
como não podia deixar de ser o miradouro e a foto junto do marco geodésico fazem parte deste passeio

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